08 Estatua Escultura Deus Cernunnos Deus de Chifres l Cernunnos Sculpture
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ESCULTURA DEUS CELTA CERNUNNOS - 27 x 17 cm.
Réplica de uma das esculturas mais antigas já encontradas no planeta.
História e Funções
Cernunnos é, com toda a probabilidade, a mais antiga divindade de seu panteão. Há sinais, inclusive, de que ele seja anterior às invasões celtas. Não podemos esquecer que, se boa parte da Europa foi colonizada por sua cultura, as zonas por eles controladas já estavam ocupadas por outros povos com os quais por força tiveram de fundir-se para subsistir, não havendo motivo para que suas crenças fossem aniquiladas.
Independentemente de sua origem, Cernunnos, o deus de chifres, desempenha uma função importante não só por se tratar do Senhor dos Animais — domésticos ou selvagens —, mas também da Fertilidade e da Abundância — regulando as colheitas dos grãos e das frutas. Posteriormente, foi considerado também o deus do dinheiro. Os romanos quiseram identificá-lo com o seu Dis-Pater, que tinha influência sobre os mortos, apesar de as funções de Cernunnos não coincidirem por completo.
Sua primeira representação conhecida está presente em uma gravação sobre rocha datada do século IV a.e.c. encontrada no norte da Itália. Ali ele já aparece como um ser de aspecto antropomorfo, dotado de dois chifres na cabeça e dois torques em cada braço. O torque — uma espécie de colar torcido com as extremidades em forma de argola — é um atributo de poder e às vezes de realeza utilizado pelos grandes chefes ou pelos guerreiros mais destacados para que fossem identificados como mestres na sociedade celta e devia ser colocado apenas no pescoço ou nos braços: trata-se de uma série de tiras de metais preciosos entrelaçados em meio a um charmoso desenho em espiral nas formas de colar e pulseira que não fechavam.
Ao lado da imagem de Cernunnos encontrada no norte da Itália estava desenhada uma serpente — símbolo da fertilidade, do renascimento e da sabedoria que mais tarde foi satanizado — com cabeça de carneiro e uma figura com o pênis ereto — concedendo uma idéia de ferocidade. Imagens similares podem ser encontradas em toda a Europa.
Freqüentemente é representado acompanhado por animais, principalmente cervos e touros, que se alimentam de um grande saco que tem em seu poder, ou por serpentes que se alimentam da fruta oferecida entre suas pernas. Em algumas ocasiões, aparece sentado na posição de Buda. Encontramos seu nome escrito em apenas uma ocasião: em um relevo em sua homenagem elaborado por marinheiros do inicio do século II d.e.c., no qual, além dos chifres, o deus tem orelhas de cervo.
Sua imagem mais famosa é a do caldeirão de Gundestrup, um charmoso recipiente de prata de 36 centímetros de altura utilizado em rituais e que foi encontrado na Jutlândia, Dinamarca, quebrado em cinco pedaços. A peça foi reconstituída para que pudesse ser admirada em toda a sua beleza. Neste caldeirão, Cernunnos senta-se com as pernas cruzadas, com um torque no pescoço e outro na mão direita e segura uma serpente com a mão esquerda. Das figuras que o acompanham, destacam-se um cervo de um lado e o que poderia ser um javali do outro lado. Também aparece um homem montado em um salmão — o peixe da sabedoria — e dois animais da mesma espécie que se enfrentam. Outro relevo em pedra — este encontrado no sudoeste da Inglaterra — o mostra com as pernas formadas por duas grandes serpentes com cabeça de carneiro sobre algumas bolsas de dinheiro colocadas ao lado do deus. Em uma moeda de prata inglesa, ele aparece com uma roda, signo solar, entre os chifres.
Os deuses com chifres são sempre identificados como entidades de sabedoria e de poder. Na Antigüidade, tais protuberâncias cefálicas podiam ser levadas apenas pelos mais viris, e não no sentido em que são entendidas vulgarmente nos dias de hoje, como indivíduos muito fortes e agressivos, mas no da própria etimologia latina. Um tipo viril era um homem com todas as letras, dotado de todas as qualidades presumíveis, mas demonstradas apenas por indivíduos reais: valor, honra, masculinidade, entre outros. Os chifres mostravam, além de tudo isso, que esse individuo desfrutava de sabedoria sobre o mundo.
Um conto popular gaélico fala sobre viajantes que chegam a uma ilha misteriosa na qual encontram apetitosas maçãs. Após mordê-las, chifres crescem em suas testas e eles passam a compreender muitas coisas que acontecem ao redor do mundo. Uma lenda escocesa afirma que tais chifres apareciam na cabeça dos melhores guerreiros quando eles se preparavam para o combate há muito tempo, ainda na “infância” da humanidade. Os vikings são popularmente mostrados como terríveis piratas que usavam capacetes com chifres. Porém, eles nunca levavam adornos semelhantes aos combates, pois isso representaria um grande incômodo se realmente o fizessem. Na verdade, utilizavam capacetes lisos, quase sem ornamentos, muito mais práticos.
Os capacetes com chifres eram utilizados apenas em cerimônias religiosas. Uma das famosas esculturas de um dos maiores artistas de todos os tempos, Michelangelo Buonarrotti, é sua representação de Moisés. A obra, que data do século XVI, mostra dois chifres e encontra-se na basílica de São Pedro, em Roma.Cernunnos é um deus chifrudo encontrado na mitologia celta.Ele está conectado com animais machos, particularmente o veado no cio, e isso levou-o a ser associado com a fertilidade e vegetação. Representações de Cernunnos são encontrados em muitas partes das Ilhas Britânicas e da Europa Ocidental. Ele é frequentemente retratado como selvagem de barba e cabelo desgrenhado - ele é, afinal, o senhor da floresta.
Com seus poderosos chifres, Cernunnos é um protetor da floresta e mestre da caça. Ele é um deus da vegetação e tem aspecto de árvore como o Homem Verde, e um deus da luxúria e da fertilidade quando conectado com Pan, o sátiro grego. Em algumas tradições, ele é visto como um deus da morte, e guia os mortos cantando para eles no seu caminho para o mundo espiritual.
No livro Deus das Bruxas, de 1931 a autora Margaret Murray, postula que Herne o "Caçador" é uma manifestação de Cernunnos. Porque ele é encontrado apenas em Berkshire, e não no resto da área de floresta de Windsor, Herne é considerado um deus "localizado" - e poderia realmente ser a interpretação em Berkshire de Cernunnos.Durante a época elizabetiana, Cernunnos aparece como Herne em As Alegres Comadres de Windsor, de Shakespeare.
Ele também incorpora lealdade ao reino e guardião da realeza.Em algumas tradições da Wicca, o ciclo das estações segue a relação entre o Deus Chifrudo - Cernunnos - e a Deusa. Durante o inverno, o Deus Chifrudo morre, como a vegeção e entra em estado dormente, e na primavera, no Imbolc, ele é ressuscitado para impregnar a deusa fértil da terra. No entanto, essa relação é um conceito relativamente novo neopagão, e não há nenhuma evidência acadêmica para indicar que os povos antigos poderiam ter comemorado este "casamento" do Deus Chifrudo coma deusa-mãe.
Hoje, muitos Pagão e tradições da Wicca honram Cernunnos como, a personificação da energia masculina da fertilidade e poder.
Réplica de uma das esculturas mais antigas já encontradas no planeta.
História e Funções
Cernunnos é, com toda a probabilidade, a mais antiga divindade de seu panteão. Há sinais, inclusive, de que ele seja anterior às invasões celtas. Não podemos esquecer que, se boa parte da Europa foi colonizada por sua cultura, as zonas por eles controladas já estavam ocupadas por outros povos com os quais por força tiveram de fundir-se para subsistir, não havendo motivo para que suas crenças fossem aniquiladas.
Independentemente de sua origem, Cernunnos, o deus de chifres, desempenha uma função importante não só por se tratar do Senhor dos Animais — domésticos ou selvagens —, mas também da Fertilidade e da Abundância — regulando as colheitas dos grãos e das frutas. Posteriormente, foi considerado também o deus do dinheiro. Os romanos quiseram identificá-lo com o seu Dis-Pater, que tinha influência sobre os mortos, apesar de as funções de Cernunnos não coincidirem por completo.
Sua primeira representação conhecida está presente em uma gravação sobre rocha datada do século IV a.e.c. encontrada no norte da Itália. Ali ele já aparece como um ser de aspecto antropomorfo, dotado de dois chifres na cabeça e dois torques em cada braço. O torque — uma espécie de colar torcido com as extremidades em forma de argola — é um atributo de poder e às vezes de realeza utilizado pelos grandes chefes ou pelos guerreiros mais destacados para que fossem identificados como mestres na sociedade celta e devia ser colocado apenas no pescoço ou nos braços: trata-se de uma série de tiras de metais preciosos entrelaçados em meio a um charmoso desenho em espiral nas formas de colar e pulseira que não fechavam.
Ao lado da imagem de Cernunnos encontrada no norte da Itália estava desenhada uma serpente — símbolo da fertilidade, do renascimento e da sabedoria que mais tarde foi satanizado — com cabeça de carneiro e uma figura com o pênis ereto — concedendo uma idéia de ferocidade. Imagens similares podem ser encontradas em toda a Europa.
Freqüentemente é representado acompanhado por animais, principalmente cervos e touros, que se alimentam de um grande saco que tem em seu poder, ou por serpentes que se alimentam da fruta oferecida entre suas pernas. Em algumas ocasiões, aparece sentado na posição de Buda. Encontramos seu nome escrito em apenas uma ocasião: em um relevo em sua homenagem elaborado por marinheiros do inicio do século II d.e.c., no qual, além dos chifres, o deus tem orelhas de cervo.
Sua imagem mais famosa é a do caldeirão de Gundestrup, um charmoso recipiente de prata de 36 centímetros de altura utilizado em rituais e que foi encontrado na Jutlândia, Dinamarca, quebrado em cinco pedaços. A peça foi reconstituída para que pudesse ser admirada em toda a sua beleza. Neste caldeirão, Cernunnos senta-se com as pernas cruzadas, com um torque no pescoço e outro na mão direita e segura uma serpente com a mão esquerda. Das figuras que o acompanham, destacam-se um cervo de um lado e o que poderia ser um javali do outro lado. Também aparece um homem montado em um salmão — o peixe da sabedoria — e dois animais da mesma espécie que se enfrentam. Outro relevo em pedra — este encontrado no sudoeste da Inglaterra — o mostra com as pernas formadas por duas grandes serpentes com cabeça de carneiro sobre algumas bolsas de dinheiro colocadas ao lado do deus. Em uma moeda de prata inglesa, ele aparece com uma roda, signo solar, entre os chifres.
Os deuses com chifres são sempre identificados como entidades de sabedoria e de poder. Na Antigüidade, tais protuberâncias cefálicas podiam ser levadas apenas pelos mais viris, e não no sentido em que são entendidas vulgarmente nos dias de hoje, como indivíduos muito fortes e agressivos, mas no da própria etimologia latina. Um tipo viril era um homem com todas as letras, dotado de todas as qualidades presumíveis, mas demonstradas apenas por indivíduos reais: valor, honra, masculinidade, entre outros. Os chifres mostravam, além de tudo isso, que esse individuo desfrutava de sabedoria sobre o mundo.
Um conto popular gaélico fala sobre viajantes que chegam a uma ilha misteriosa na qual encontram apetitosas maçãs. Após mordê-las, chifres crescem em suas testas e eles passam a compreender muitas coisas que acontecem ao redor do mundo. Uma lenda escocesa afirma que tais chifres apareciam na cabeça dos melhores guerreiros quando eles se preparavam para o combate há muito tempo, ainda na “infância” da humanidade. Os vikings são popularmente mostrados como terríveis piratas que usavam capacetes com chifres. Porém, eles nunca levavam adornos semelhantes aos combates, pois isso representaria um grande incômodo se realmente o fizessem. Na verdade, utilizavam capacetes lisos, quase sem ornamentos, muito mais práticos.
Os capacetes com chifres eram utilizados apenas em cerimônias religiosas. Uma das famosas esculturas de um dos maiores artistas de todos os tempos, Michelangelo Buonarrotti, é sua representação de Moisés. A obra, que data do século XVI, mostra dois chifres e encontra-se na basílica de São Pedro, em Roma.Cernunnos é um deus chifrudo encontrado na mitologia celta.Ele está conectado com animais machos, particularmente o veado no cio, e isso levou-o a ser associado com a fertilidade e vegetação. Representações de Cernunnos são encontrados em muitas partes das Ilhas Britânicas e da Europa Ocidental. Ele é frequentemente retratado como selvagem de barba e cabelo desgrenhado - ele é, afinal, o senhor da floresta.
Com seus poderosos chifres, Cernunnos é um protetor da floresta e mestre da caça. Ele é um deus da vegetação e tem aspecto de árvore como o Homem Verde, e um deus da luxúria e da fertilidade quando conectado com Pan, o sátiro grego. Em algumas tradições, ele é visto como um deus da morte, e guia os mortos cantando para eles no seu caminho para o mundo espiritual.
No livro Deus das Bruxas, de 1931 a autora Margaret Murray, postula que Herne o "Caçador" é uma manifestação de Cernunnos. Porque ele é encontrado apenas em Berkshire, e não no resto da área de floresta de Windsor, Herne é considerado um deus "localizado" - e poderia realmente ser a interpretação em Berkshire de Cernunnos.Durante a época elizabetiana, Cernunnos aparece como Herne em As Alegres Comadres de Windsor, de Shakespeare.
Ele também incorpora lealdade ao reino e guardião da realeza.Em algumas tradições da Wicca, o ciclo das estações segue a relação entre o Deus Chifrudo - Cernunnos - e a Deusa. Durante o inverno, o Deus Chifrudo morre, como a vegeção e entra em estado dormente, e na primavera, no Imbolc, ele é ressuscitado para impregnar a deusa fértil da terra. No entanto, essa relação é um conceito relativamente novo neopagão, e não há nenhuma evidência acadêmica para indicar que os povos antigos poderiam ter comemorado este "casamento" do Deus Chifrudo coma deusa-mãe.
Hoje, muitos Pagão e tradições da Wicca honram Cernunnos como, a personificação da energia masculina da fertilidade e poder.